sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

SMC reabre a Livraria Ilhota no Mercado Público


Uma boa notícia para os que apreciam a produção cultural de Porto Alegre: está de volta a Livraria Ilhota, tradicional ponto de venda dos livros e cds publicados pela Secretaria Municipal de Cultura ou por ela financiados através do Fumproarte. A Livraria Ilhota fica no segundo andar do Mercado Público (loja 38), junto ao Memorial do Mercado e Observatório da Cultura.



Visita obrigatória para os turistas que vêm a Porto Alegre, o Mercado Público oferece um ponto de excelente visibilidade para os artistas e produtos culturais da cidade. Sem dúvida, uma opção de qualidade para presentear neste Natal.

Dentre os últimos lançamentos, podem ser conferidos os livros Vida nas cordas do violão, de Paulo César Teixeira, biografia musical do Prof. Darcy Alves; Colonos e Quilombolas: Memória fotográfica das colônias africanas de Porto Alegre de Irene Santos e Fumproarte 15 anos, com dados e um dvd institucional sobre o fundo municipal de cultura pioneiro no Brasil. Entre as novidades musicais estão os cds de estréia Portal dos Anjos do rapper W.Negro, Só mais um sobrevivente da banda Alvo do Sistema e Gisele Santi, dessa cantora e compositora.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3225-0793, pelo e-mail assespe@smc.prefpoa.com.br, ou no Memorial do Mercado Público (loja 38, 2º. pavimento do Mercado).

Assessoria de Programação e Eventos
www.portoalegre.rs.gov.br/smc
www.culturaportoalegre.blogspot.com
www.twitter/sec_cultura_poa

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

I Congresso Brasileiro de Dança Moderna



Uma oportunidade única para os bailarinos e professores brasileiros de estarem em contato com professores referência das três mais importantes técnicas da Dança Moderna mundial - e base para a Dança Contemporânea - Técnicas de Martha Graham, de Lester Horton e de José Limón.
Professores altamente qualificados que lecionam nas mais importantes instituições em Nova York - Martha Graham School of Contemporary Dance, Alvin Ailey American Dance Center e Limón Institute.

No panorama da Dança Contemporânea mundial, em que observam-se os aspectos predominantes da multiplicidade e interseção de inúmeras referências e tendências no fazer artístico que leva à cena, ainda faz-se recorrente uma série de questionamentos no que tange o âmago deste ofício tão peculiar: a preparação corporal. De que forma o bailarino da contemporaneidade deveria se preparar? Quais as competências que deveriam este operário “braçal” da arte desenvolver para estar preparado para a cena tão diversa e tão profícua como a do momento em que vivemos?


Quando se fala de técnica, e isso é um aspecto particular do Brasil, ainda se tem a idéia de que apenas com a formação do Ballet Clássico se pode estar preparado para o mundo profissional da dança. Um fenômeno bastante interessante é observar que há grandes companhias profissionais contemporâneas cuja a aula de base de seus bailarinos ainda é apenas o Ballet Clássico e cujo fazer cênico pouco ou nada tem de correlação com esta técnica corporal. Ainda há aquelas companhias que, por não se identificarem com tal trabalho de preparação, carecem de fundamentação técnica para a formação e manutenção de seus artistas, resultando em trabalhos de respaldo físico pouco consistente.


E por que falar em Dança Moderna?

Dança Moderna é composta de várias ramificações técnicas que revolucionaram a História da Dança mundial a partir do final do século XIX, e portanto, antecedeu e propulsionou toda a revolução que alimentou a aual cena contemporânea. A maioria dos conceitos estabelecidos nessas décadas, constituíram-se em sólidas técnicas corporais, com vocabulários e linguagens bem específicas e que formaram e vêm formando, até hoje, profissionais da Dança em todo o mundo. Dentre essas técnicas de formação revolucionárias, pode-se citar as técnicas de Martha Graham, de Lester Horton, de José Limon e de Rudolph Von Laban. No Brasil, o movimento formador de Dança Moderna, implantado por pioneiros – nomes como Vera Kumpera, Renée Gumiel e Helenita Sá Earp, aos poucos, foi sendo obliterado e esquecido em função do surgimento da Dança Contemporânea, cujas pesquisas corporais, embora de grande importância e riqueza para o fazer em cena, ainda são muito experimentais para serem caracterizadas como técnicas de formação corporal. Alguns poucos profissionais lutaram e ainda lutam pela preservação de muitos desses conhecimentos no Brasil, inspirados na formação de bailarinos no exterior, que sempre contemplou e continua formando seus excelentes profissionais não apenas com o Ballet Clássico, mas fundamentalmente com as técnicas de Dança Moderna, de modo a deixá-los aptos e versáteis.

Sensível a estas questões, a bailarina e professora de Dança Moderna Andrea Raw Iracema, recém formada pela prestigiosa Martha Graham School em Nova York, vem, há dois anos, promovendo o evento intitulado Workshop de Técnica e Repertório de Martha Graham, numa inicitiva inédita de divulgação de uma das técnicas mais importantes da Dança Moderna mundial, tendo como colaborador o bailarino principal da Martha Graham Dance Company, Tadej Brdnik. Visando uma expansão e maior abrangência dessa iniciativa tão profícua, Andrea Raw Iracema resolveu associar-se à sua primeira mestra de Dança Moderna no Brasil, a consagrada Regina Sauer, fundadora e coreógrafa da Companhia Nós da Dança, da qual Andrea também fez parte. O Congresso Brasileiro de Dança Moderna é, na verdade, a terceira edição do Workshop que vem sendo realizado com sucesso por Andrea Raw Iracema no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro nos anos de 2009 e 2010.

Apostando numa retomada muito necessária e bem-vinda do ensino de tais técnicas no país, a idéia central do I Congresso Brasileiro de Dança Moderna é, antes de tudo, fazer deste um evento de celebração, divulgação e inclusão de algumas das várias ramificações técnicas existentes na Dança Moderna no Brasil e no exterior, através da vinda de renomados profissionais estrangeiros convidados para este evento. Para o público de dança, assim como para o público em geral, este evento terá um caráter elucidativo, inclusivo e formador, permitindo aos participantes o contato com cada trabalho, de modo a fazer comparativos e traçar paralelos e interseções entre as técnicas, e principalmente, refletir sobre o papel de tais conceitos para o ensino e aprendizado da dança em todo o país.

PARTIVIPE!!
http://www.congressodancamoderna.com.br/congresso.php

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

V Fórum Pesquisa em Arte 2010

O QUE É?
O V Fórum Bienal de Pesquisa em Arte é um espaço institucionalizado de debates e de socialização de pesquisas nas diversas linguagens artísticas realizadas por profissionais da Universidade Federal do Pará e de outras IES, assim como por aqueles vinculados a instituições de Ensino Básico e Profissional.
O evento visa, por meio de discussões, reflexões, comunicações e performances, repassar à comunidade e, em especial, à classe artística, os resultados das pesquisas desenvolvidas intra e extra academia, estabelecendo um diálogo que permita maior inserção da universidade na sociedade.
O Fórum possibilita aos participantes e à comunidade vivenciarem experiências pedagógicas, estéticas, críticas, formacionais e éticas no domínio da arte, desde a sua implantação, no ano de 2002.

TEMA DO V FÓRUM
“Pro-vocações - trans-formações – re-voltas”.
Abrangerá afazeres e reflexões voltados à essência humanística da arte, vale dizer, a seu caráter subversivo, direto e não-mediado. Portanto, seguindo o avanço das outras edições, o V Fórum estabelecerá espaço-tempo em que propostas concretas de um mundo plural se desdobram, haja vista a disposição do pensar aportado na matéria e da matéria aportada no pensamento, ou seja, a culminância do indivíduo enquanto sujeito e objeto do/no mundo, na categoria de mentor deste último.

EIXOS RELACIONADOS AO TEMA
Processos de Criação, Transmissão e Recepção em Artes
Abrange o fenômeno artístico a partir de seu processo de instauração, seja como práxis, seja como reflexão crítico-conceitual, admitindo-se abordagens de caráter histórico, educacional, sociológico, psicológico, filosófico, antropológico e técnico.

Arte Contemporânea
Abrange o fenômeno artístico na contemporaneidade, seja como praxis, seja como reflexão crítico-conceitual, admitindo-se diversas abordagens de caráter sincrônico e/ou diacrônico.

SUBÁREAS
O V Fórum será organizado com o intuito de contemplar as diferentes subáreas de Artes. Dessa forma, o evento envolverá cinco subáreas, relacionadas ao tema e aos dois eixos, conforme as especificações a seguir:
Arte Educação, Artes Visuais, Arquitetura, Circo, Dança, Design, Teatro, Música

IMPACTO
Evento importante enquanto espaço de divulgação, de discussão e de reflexão sobre a arte contemporânea e as pesquisas em arte e seu ensino, seja no âmbito das universidades locais, seja no locus de outras universidades de diferentes regiões do país.
Acrescente-se a isto que esses fori hão permitido um intercâmbio entre pesquisadores de diferentes áreas artísticas, além de solidificado relações institucionais locais e de outras regiões apoiadoras e contribuintes à institucionalização do projeto em tela.
Outro aspecto relevante constitui a transformação do Fórum de Pesquisa em Arte em referência para pesquisadores, docentes, artistas e discentes de diferentes linguagens artísticas, permitindo a ampliação participativa no que tange às questões teóricas sobre a produção e fruição artística. Tal feito estabelece, por meio de suas ações, um rico diálogo entre pesquisadores, artistas e a comunidade participante do evento.
A continuidade de ações artístico-acadêmicas, tais como exposições, espetáculos, publicações, seminários, pesquisa e intercâmbios, durante o interstício dos anos 2008, 2009 e 2010, tornam premente sua intersecção dialógica em um momento e locais específicos, onde a pan heterogenia se confirme adrede ao inteiro composto de indivíduos, sejam laicos, eruditos, proletários, desempregados, jovens ou anciões que, pelo seu trabalho, pelo fato mesmo de existirem, justificam a institucionalização da vida acadêmica.

OBJETIVOS
Situar-se em posição de referência de discussões sociais por meio da produção e fruição das expressões artísticas comunitárias e acadêmicas;
Criar e institucionalizar um espaço de discussão e reflexão sistemático sobre a produção artística e o desenvolvimento de pesquisas nas diversas linguagens artísticas;
Estimular a divulgação de pesquisas em arte;
Fomentar o intercâmbio entre pesquisadores no âmbito local, regional, nacional e internacional, em particular, as universidades filiadas à UNAMAZ;
Difundir novas técnicas e metodologias relativas à pesquisa e ao ensino em arte em diferentes linguagens.

METAS
Instauração e fortalecimento de parcerias institucionais com o Governo do Estado e do Município, por meio das suas secretarias de educação e de cultura, bem como com ONGs, como a Fundação Ioschpe;
Atender à demanda de 200 professores das redes estadual e municipal de ensino, 100 professores e 100 estudantes de cursos de Arte da UFPA, UEPA, UNAMA, ESAMAZ e IES de outros estados e regiões, 100 artistas locais e de outros estados e regiões;
Realizar as seguintes atividades: Conferências, Mesas Redondas, Sessões de Comunicação, Seminário do PARFOR, Exposições, Mostra de Vídeos, Lançamento de Livros e Espetáculos.
Publicar os Anais do evento.

METODOLOGIA
O trabalho de organização do V Fórum ficará a cargo de uma equipe científica interdisciplinar composta por membros representantes das instituições participantes do evento - UFPA, UEPA, UNAMA, SEDUC.
A equipe de coordenação do evento desenvolverá os trabalhos de estruturação do fórum através de reuniões periódicas, para discussão e elaboração de propostas, realização de contatos e outras ações importantes à implementação do projeto. As etapas desse projeto agrupam-se em quatro grandes blocos de atividades. As primeiras são destinadas planejamento técnico-científico do evento, a segunda refere-se a sua viabilidade operacional, a terceira à realização do V Fórum propriamente dito e a quarta à sua avaliação.

CURSOS / OFICINAS:

1. Música > Análise de música cromática
Prof. Dr. Ricardo Bordini
Resumo: Estudo de composições eminentemente cromáticas e os problemas analíticos envolvidos nesse estudo. Gênese do cromatismo tonal, seu desenvolvimento e expansão na música do Século XX. Análise de excertos de Bach, Mozart, Beethoven, Berlioz, Tchaikovsky, Wagner, Mahler, Bartók, Stravinsky e Schoenberg.

2. MÚSICA > Pesquisa em Música
Profa. Dra. Jusamara Souza
Resumo: A pesquisa em música, como em qualquer ciência social, depende da disponibilidade de métodos de pesquisa solidamente fundamentada. Os principais objetivos deste curso são: a) examinar e tornar explícitos os pressupostos epistemológicos que informam a pesquisa em música, destacando a Educação Musical; b) abordar o espectro de temas de pesquisa que vêm sendo focalizados na área bem como as teorias e metodologias de pesquisa; c) avaliar as tendências recentes, finalidades e as repercussões da pesquisa em Educação Musical.

3. Dança > Corpografias em Dança Contemporânea
Profa. Dra. Rosa Primo
Resumo: O curso tem como objetivo problematizar as relações entre a dança contemporânea e suas corporeidades. Tendo em vista que na dança contemporânea o corpo ocupa um lugar central, notadamente na criação em dança, não sendo nem objeto, nem determinado por um sujeito, mas tornando-se ele mesmo “sujeito de sua dança”, busca-se tomar a noção de “corpo-dançante contemporâneo” em diversas dimensões conceituais. Daí corpografias, como mapas de intensidades, cujos lugares trabalhados pela dança contemporânea se definem como uma tentativa de mostrar outros corpos do corpo.

4. Dança > Linguagem da dança: provocações e transformações atravessadas nos corpos
Profa. Dra. Isabel Marques
Resumo: Este mini curso oferecerá oportunidades de diálogo entre a arte e a educação em seu sentido mais amplo – a arte como linguagem e forma de ler o mundo por meio de seus processos criativos e educacionais. Abordada na teoria e na prática, os encontros provocarão seus participantes a pensarem dançando a possibilidades de transformação na realização da dança como arte.

5. TEATRO > Corpo e Movimento
Prof. Dr. Hugo Rodas
Resumo: “A câmara lenta como recurso técnico". Conscientização do tempo tanto para a improvisação como para a composição do personagem

6. TEATRO > performance ou performance teatro?
Prof. Dr. Fernando Villar
Resumo: Muito além da banalização ou glamourização de dúvidas sobre performance, e muito além da dicotomização entre teatro e performance, teatro performance é uma interdisciplinar, ou uma indisciplina, ou uma anti-disciplina que celebra-se híbrido, singular e plural.

7. ARTES VISUAIS/ARTE EDUCAÇÃO > Territórios da Arte & Cultura
Profa. Dra. Mirian Celeste Martins
Resumo: Nas trilhas da arte/educação quais territórios percorremos? Sempre os mesmos? Como desaprender as amarras que teimam em marcar nossos caminhos de mediadores culturais, seja na escola, nas instituições culturais ou em ONGs? No espaço do Museu de Arte Sacra iniciaremos a conversa que continuará depois seguindo a trilha de nossas inquietações e provocações, na companhia dos parceiros deste curso, de obras, artistas, teóricos e da paisagem de Belém.

8. ARTES VISUAIS / MIDIA E TECNOLOGIA > Processos de criação: cadernos de artistas e narrativas gráfica
Profa. Dra. Lais Guaraldo
Resumo: O curso vai apresentar cadernos de artistas e analisar as diferentes funções desempenhadas por esse tipo de produção, assim como as estratégias cognitivas ali encontradas. Pretende-se observar a maneira como a produção de cadernos gráficos contribui para a elaboração de projetos poéticos, e contribuir para um maior repertório acerca dos processos criativos. Cadernos são folheáveis, de pequeno formato, e discretos. Essa natureza introvertida, portátil e ágil é, provavelmente, aquilo que mais desperta atenção e interesse entre aqueles que se dedicam a confeccionar um caderno ou pesquisá-lo. É considerado um “ateliê de bolso” pelos artistas, um companheiro, pelos viajantes, um suporte para anotações, para qualquer estudante ou profissional. Muitas vezes essas anotações participam de propósitos mais amplos. Também se destaca o hibridismo de linguagens presente em suas páginas, as diferentes maneiras das informações transitarem entre imagens e textos – que é o que caracteriza a linguagem gráfica. As potencialidades expressivas desse encontro de linguagens – verbal e visual – e o trânsito entre as dimensões privada e pública serão, portanto, a abordagem da reflexão e da experimentação visual-gráfica proposta pelo curso.

9. ARTES VISUAIS > Vídeo: Experimentações e Instalações
Prof. Dr. Paulo Bernardino
Ementa do Curso: A contemporaneidade do vídeo enquanto objecto artístico e as suas formas de expressão. Introdução à noção e especificidade do vídeo, enquanto imagem, técnica e meio de expressão e apresentação. Desenvolvimento de tutoriais da gramática e de técnicas de vídeo e familiarização com as diversas fases de um projecto de vídeo:
• planificação, conceptualização e pesquisa;
• edição não-linear apoiada por software, tipo: Adobe Premiere, Adobe Photoshop;
• apresentação/instalação e reflexão.
Requisitos: o curso é na sua essência teórico-prática, o que implica, espera e implementa uma grande capacidade do aluno quanto à gestão de matérias a abordar, assim como autonomia na investigação que ocorre inevitavelmente das adversidades técnicas.

A Cultura, a Arte e a Política Cultural



" A cultura é coisa do homem que mora num certo lugar e num certo tempo"
(Gerardo Mello Mourão)

Nas chamadas políticas culturais emergenciais, na maioria das vezes, são discursos onde a cultura não passa de uma fantasia, uma miragem no fim do túnel. Como ela não é assunto prioritário, foi transferida para a iniciativa privada. Os investimentos visam retornos, fala-se em números, percentuais, nas leis de renúncia fiscal, sem uma idéia clara de cultura e seu papel na sociedade. Todo mundo se acha no direito de opinar, o patrocinador, o empresário, o político, o produtor cultural, o professor universitário, o curador, etc. menos o artista e os que trabalham diretamente com as práticas artísticas, os operários da linguagem.

O que deveria ser uma política pública de cultura? Uma pergunta oportuna neste momento de transição política, quando as reivindicações reaparecem e as disputas por cargos públicos emergem. Antes de ser um problema de economia, de leis de incentivo, de política partidária, a cultura é um dispositivo da cidadania, um direito básico que deve fazer parte da formação do sujeito. Uma política de cultura deve primeiro levar em conta o quanto ela contribui para o imaginário das pessoas, tornando-as capaz de assumir decisões nas suas vidas. Que ela é uma forma de relacionamento com o mundo e seu cotidiano, antes de ser uma mercadoria e um objeto da política.

Relegada à condição de entretenimento, passou a fazer parte das diversões, regida pela economia da cultura. E tudo que faz a economia crescer, que gera emprego e renda é ético nesta sociedade onde o emprego é cada vez mais difícil. Mas a ética e lógica da cultura é outra. A diversão faz a economia crescer, atende a demanda de habitantes, eleitores e turistas carentes de lazer, mas poucas vezes contribui para o aumento do repertório. Neste ponto cultura, turismo e economia estão de acordo.

O homem vive entre a natureza e a cultura. E a cultura é uma construção do homem. Um trabalho. Resultado de um longo caminho. Cada cidade, estado ou região tem uma cultura que lhe é própria e múltipla. Uma política de cultura deve garantir a liberdade das diversas manifestações, sem qualquer interferência, e transferir as decisões para quem faz cultura, quem conhece as particularidades das linguagens, quem diretamente lida com o patrimônio material e imaterial que faz o acervo de uma cultura.

E quando se fala de artes, produtos diversificados e delicados e ao mesmo tempo conhecimentos específicos que fazem parte de uma cultura, o político, o produtor ou o atravessador deve ser substituído pelo técnico. E uma instituição que trabalha com as artes tem como princípio estimular a liberdade de expressão e não servir com extensão de outras políticas ou de outras instituições.

Almandrade
(artista plástico, poeta e arquiteto)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

I ENCONTRO DE DANÇAS DA ASSOCIAÇÃO DE DANÇA DE CANOAS



Espetáculo IMPERDÍVEL

"Iº Encontro de Danças da Associação de Dança de Canoas / Danças Re-Unidas"

Data: Sábado - dia 4 de dezembro de 2010 - Hora início: 20:15 hs

Local: Ginásio de Esportes da Escola ULBRA Cristo Redentor

Ingressos Antecipados: R$ 5,00

Ingresso na Hora: R$ 10,00

Compareçam, Divulguem este evento, ele é muito importante para nossa comunidade e o desenvolvimento da cultura em Canoas.

Anexo cartaz para divulgação.

A Associação agradece a cooperação de todos.

Att. Cecília Rodrigues - Presidente da Associação de Dança de Canoas.
Contatos:
Telefs.: (51) 34769730 / 93488972
email.: cecirodrig@hotmail.com

AXIS SYLLABUS NO BRASIL



Com muito prazer em interligar os EUA e Alemanha com o Brasil, iniciando os trabalhos por Porto Alegre, convidamos a todos para participar, e contribuir no
desenvolvimento desta metodologia prático-teórica de dança contemporânea, capaz de
articular interesses estéticos e culturais, em forma curso proferido ao longo de cinco dias e 10 horas-aula. Através do seu acesso, outras poéticas coreográficas se farão disponíveis, e em seqüência, um maior número de artistas das artes cênicas poderão incluir nas suas práticas e pesquisas, uma educação em dança compatível com os princípios da preservação da saúde, do bem estar e por fim, da seguridade do corpo enquanto instrumento de manifestação artística. Esta técnica não exige praticantes especializados, do contrário, ela se estende a toda e qualquer pessoa iniciada em desenvolturas corporais, sendo, desta forma, de grande valia para capoeiristas, artistas de circo, bailarinos, atores, fisioterapeutas e estudantes de movimento em geral.

The Axis Syllabus - Universal Motor Principles (AS-umpTM)
O The Axis Syllabus - Universal Motor Principles (AS-umpTM) tem seu nome derivado de um sistema médico de orientação que utiliza planos e eixos para descrever a esposição e dimensão espacial do corpo. As aulas práticas são ministradas em um formato de Dança Contemporânea, sendo desenvolvidas com bases em estudos da anatomia humana, da física aplicada ao movimento, da biomecânica e da cinesiologia, no intuito da alcançar, através da educação somática, o movimento natural e seguro do ser humano. O AS-ump é uma homenagem a vários campos de pesquisa, tendo como seu criador e divulgador Frey Faust. Frey, que há vinte anos desenvolve estudos sobre as mais variadas técnicas corporais inseridas na dança, buscando na movimentação, o privilégio da poética da dança unida à preservação do corpo enquanto unidade biológica primordialmente saudável, e que obedeçam aos princípios motores e articulares do corpo na sua relação com forças atuantes interna e externamente.

POR QUE PARTICIPAR?
O método The Axis Syllabus-universal motor principles, traz, além de uma linguagem autoral dentro da Dança Contemporânea, uma metodologia somática que estuda os princípios motores universais do movimento, trabalho desenvolvido no eixo Estados Unidos/Europa, com mais de cinco mil praticantes pelo mundo. Através da difusão do AS-ump a dança produzida no Brasil entrará em contato com uma outra linguagem de movimento. Aos bailarinos e classe artística cênica, o método AS-ump proporcionará conhecimentos específicos acerca do corpo humano, uma vez que este trata de assuntos como anatomia geral e Cinesiologia, bem como noções de cinética, fundamentais para o bom desempenho dos artistas de qualquer área. Todas essas noções cabem ainda para atletas e estudantes do movimento em geral. De 05 A 09 de Janeiro de 2011, das 9h às 11h, na Sala 209 da Usina do Gasômetro, Av. Presidente João Goulart, 551 - Bairro Centro. Inscrições abertas até 20 de dezembro, vagas limitadas.

VALORES
Inscrição individual - R$ 250,00 por aluno
Promoção para Escolas/Companhias/Grupos e Estúdios de Dança
05 alunos...................................................R$ 1000,00
Pagamentos realizados através de depósito bancário. Envie um e-mail, peça a ficha de inscrição e participe!
Contato e Inscrições: axisnobrasil@gmail.com lukaibarra@gmail.com
Promoção: Lucida Desenvolvimento Cultural/ Centro de Dança - PMPA / SATEDRS /
Grupo Tato/Usina das Artes - PMPA/Coletivo 209

1º Congresso da Associação Nacional de Pesquisadores em Dança (ANDA)



Termina nesta quarta-feira (24/11) o prazo de inscrições para o 1º Congresso da Associação Nacional de Pesquisadores em Dança (ANDA), que será realizado de 1º a 4 de dezembro, na Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. O evento tem como objetivo reunir pesquisadores, centros e instituições dedicados ao estudo, ensino e produção de conhecimento na área de dança.

A ANDA nasceu em 2008 durante o 1º Encontro Nacional de Pesquisadores de Dança, realizado em 2008, também realizado na Escola de Dança da UFBA. A criação da associação é uma iniciativa histórica para a área.

A programação do congresso será composta de grupos de discussão, apresentação de artigos e também da eleição da nova diretoria da Associação. A programação completa está disponível aqui.

A inscrição deve ser feita mediante o pagamento da guia de recolhimento, disponível no site da UFBA, neste link. Depois de efetuar o pagamento da taxa, envie o comprovante para o email comprovanteanda@gmail.com.

ACESSE http://www.danca.ufba.br/anda/index.htm E PARTICIPE!!!!


Louvada seja a dança,
que liberta o homem do peso das coisas materiais
e une os solitários para formar sociedade.

Louvada seja a dança,
que tudo exige e fortalece a saúde,
uma mente serena e uma alma encantada.

A dança significa transformar o espaço, o tempo,
e a pessoa, que sempre corre perigo de se desfazer
ou ser somente cérebro,
ou só vontade, ou só sentimento.

A dança porém exige o ser humano inteiro,
ancorado no seu centro,
e que não conhece a vontade de dominar gente e coisas,
e que não sente a obsessão de estar perdido
no seu próprio ego.

A dança exige o homem livre e aberto,
vibrando na harmonia de todas as forças.
Ó homem, ó mulher, aprenda a dançar
senão os anjos no céu
não saberão o que fazer contigo.

(Santo Agostinho)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

I ESTAÇÃO LITERÁRIA




"Quem embarca nas palavras, viaja com a imaginação”

LOCAL: CAMPUS CANOAS - Estação do Livro, Prédio 16, atrás do antigo museu
DATA: 30 DE NOVEMBRO DE 2010
HORÁRIO: 8h30min às 11h40min, 13h30min às 17h30min, 19h30min às 21h40min
VAGAS LIMITADAS. INSCRIÇÕES: djjardim@gmail.com e debora.jardim@ulbra.br

PROGRAMAÇÃO

Manhã - “CAFÉ LITERÁRIO”, encontro com autores.
Público: Ensino Fundamental (5ª a 8ªséries), Ensino Médio e Professores

8h30min às 9h20min: Ana Lígia Trindade, com “Orientações para apresentação de trabalhos acadêmicos” e “A escrita da dança”
9h20min às 10h10min: Mário Heleno Hoeveler, com “Margem”
10h10min às 11h: José Vicente Lima Robaina, com “Química através do lúdico: brincando e aprendendo”
11h às 11h30min: Ítalo Abrantes Sampaio, com “Medo: fronteira entre o sobreviver e o viver”

Tarde – “EMBARQUE NA IMAGINAÇÃO”, encontro com autores.
Público: Educação Infantil, Ensino Fundamental I(1º ano ao 5º ano) e Professores

13h30min às 14h20min: Carolina Hessel, Fabiano Rosa, Lodenir Karnopp, com “Cinderela surda” e “Rapunzel surda”
14h30min às 15h20min: Lilian Zieger, com “Sonho de Bombeiro”
15h30min às 16h20min: Contação de Histórias “O feijãozinho surdo”
16h30min às 17h20min: Contação de Histórias da Rede de Escolas da ULBRA, com “A história da maçãzinha”

Noite – “CAFÉ LITERÁRIO”, encontro com autores.
Público: Estudantes dos cursos de Letras/ Pedagogia e Professores

19h30min às 20h10min: Olga Solange Herval Souza, com “Itinerários da inclusão escolar: múltiplos olhares, saberes e práticas”
20h20min às 20h50min: Lilian Zieger, com “Escola: um lugar para ser feliz”
21h às 21h40min: Jorge Thums, com “Educação dos sentimentos” e “Ética na educação”

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CULT DANCE apresenta...

Colóquio Museu, História e Educação: Intelocuções

Divulgando ...

Plano Nacional de Cultura é aprovado no Senado

Foi aprovado no dia 9 de novembro (terça-feira), na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, o Plano Nacional de Cultura (PNC).

O PNC nasce depois da realização da I e II Conferência Nacional de Cultura e representa um avanço para a cultura do Brasil ao definir as diretrizes da política cultural pelos próximos 10 anos. Ele é o primeira tentativa de planejamento a longo prazo do Estado para a área cultural do Brasil.

“A aprovação do Plano Nacional de Cultura é uma vitória porque institucionaliza os avanços obtidos nos últimos anos pelo governo federal na área da cultura e garante a continuidade das políticas culturais no Brasil”, comemorou o ministro da Cultura, Juca Ferreira.

O PNC possui 13 princípios:
- Liberdade de expressão, criação e fruição
- Diversidade cultural
- Respeito aos direitos humanos
- Direito de todos à arte e à cultura
- Direito à informação, à comunicação e à crítica cultural
- Direito à memória e às tradições
- Responsabilidade socioambiental
- Valorização da cultura como vetor do desenvolvimento sustentável
- Democratização das instâncias de formulação das políticas culturais
- Responsabilidade dos agentes públicos pela implementação das políticas culturais
- Colaboração entre agentes públicos e privados para o desenvolvimento da economia da cultura
- Participação e controle social na formulação e acompanhamento das políticas culturais

A partir de agora, o Ministério da Cultura terá 180 dias para definir metas a atingir na implementação do documento.


Festival Panorama 2010 - http://www.seminario.panoramafestival.com/

Seminário Economia da Dança

Panorama 2010 volta a discutir economia da dança

O Seminário de Economia da Dança do Festival Panorama, chega em 2010 a sua 3a edição. Ele será realizado no auditório do BNDES, no dia 16 de novembro, das 14h às 18h, com apresentações, alertas e debates, e dia 17 de novembro, das 10h30 às 13h, com a realização de grupos de trabalho. Neste mesmo dia à tarde haverá um período de conclusões, alertas e debates.

As duas últimas edições ajudaram a criar um panorama da situação atual, que está bem registrado aqui no blog. Além disso, a iniciativa ajudou a fomentar outros seminários e eventos similares em diversas cidades do Brasil e da América do Sul.

Este ano, o seminário será dividido em dois eixos. Em A Dança do “Brasil 5a potência”, será proposto um exame da condição de um Brasil emergente em épocas de crise financeira internacional, a diminuição do apoio estrangeiro para as ONGs nacionais e a cultura, e relação dos artistas brasileiros com os países do hemisfério Sul.

Vamos sair da Dança do Faz de Contas? pretende discutir os recentes aumentos de fundos destinados a cultura no país e os avanços na área da dança, que deram mais capilaridade nacional ao apoio a dança. Apesar disso, o diagnóstico de nossa atuação profissional indica ainda uma enorme precariedade.

O seminário será dividido em grupos de trabalho e plenárias. Cada discussão será ativada por um grupo de profissionais, que se reunirá na manhã do dia 16 nov e organizará debate e apresentações de conteúdos na primeira tarde. No segundo dia, os participantes inscritos, poderão participar dos grupos de trabalhos pela manhã para desenvolver mais as discussões e a tarde apresentarão resultados destas discussões na forma de explanação, debates e alertas ao público em geral.

Confira também o projeto com.posições.políticas, que terá sua primeira ação durante o Panorama 2010 com o Seminário Cruzamentos Contemporâneos entre Arte e Política.



Para quem não puder comparecer, blog fará transmissão ao vivo
Amanhã e quarta-feira (16 e 17/11), o Panorama 2010 realiza a 3ª edição do Seminário Economia da Dança, no auditório do BNDES, no Centro do Rio de Janeiro. As inscrições ainda estão abertas pelo email seminario@panoramafestival.com. Quem não comparecer, poderá acompanhar a transmissão ao vivo no blog do seminário. Os internautas poderão participar enviando perguntas e comentários.

As discussões serão divididas em dois eixos temáticos: A dança do “Brasil 5ª potência” e Vamos sair da dança do “faz de contas”? No primeiro dia haverá apresentações e alertas. No segundo, a manhã será reservada aos grupos de trabalho e a tarde às apresentações dos resultados.

Leia mais sobre o seminário: http://www.seminario.panoramafestival.com/

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Artistas reivindicam contra mudanças nas leis de fomento

Artistas de São Paulo se reuniram nesta quarta-feira (10/11), na Câmara Municipal de São Paulo, para reivindicar contra o decreto 51.300, que prevê mudanças substanciais nas leis de fomento municipais. São Paulo sempre foi tido como referência no que diz respeito ao fomento.
O grupo, formado por integrantes do Movimento de Teatro de Grupo de São Paulo e do Mobilização Dança, escreveu um manifesto que vem circulando pela internet.
Entre as mudanças propostas pelo decreto 51.300 estão: aumento da carga tributária dos projetos fomentados e conversão dos trabalhos prestados em convênios. Segundo os artistas, “estas mudanças enquadram os grupos de dança e teatro em um mar fiscal burocrático que padroniza e estrangula seu pleno desenvolvimento. O decreto cria prerrogativas capazes de aniquilar os fomentos, ou no mínimo distorcer suas características até tornarem-se irreconhecíveis”.



Abaixo, leia a íntegra do manifesto:

As Leis de Fomento às artes na cidade de São Paulo são referências exemplares na discussão das políticas públicas de cultura no Brasil. O exemplo mais eloqüente é a Lei de Fomento ao Teatro, aprovada no final de 2001, que recusa o modelo mercantil de produção, circulação e fruição dos bens culturais.
Mais de uma centena de núcleos artísticos (milhares de fazedores) receberam recursos para desenvolver seus projetos de pesquisa e criação. Dezenas de novos espaços culturais foram abertos e milhões de pessoas fruíram dança e teatro em toda a geografia da cidade.

Hoje, justamente pelo acerto destas iniciativas inspiradas em valores radicalmente democráticos, as Leis de Fomento estão sendo atacadas pela atual administração da cidade de São Paulo.

O último ataque às leis de fomento vem na forma do decreto municipal 51.300, que dentre seus ditados, aumenta a carga tributária dos projetos fomentados e converte os trabalhos prestados em convênios. Estas mudanças enquadram os grupos de dança e teatro em um mar fiscal burocrático que padroniza e estrangula seu pleno desenvolvimento. O decreto cria prerrogativas capazes de aniquilar os fomentos, ou no mínimo distorcer suas características até tornarem-se irreconhecíveis.
Estes ataques se dão com o aval da autoridade que deveria zelar por sua plena aplicação. O secretário de cultura Carlos Augusto Machado Calil se apresenta como títere de interesses escusos que desfere constantes golpes às leis utilizando toda sorte de recursos técnico burocráticos. Seja por sua própria intenção ou por covardia de enfrentar outros setores do governo, o Secretário age contra os interesses dos trabalhadores artistas e do povo desta cidade.
Nós, trabalhadoras e trabalhadores das artes unimos forças e buscamos:

- A aplicação das leis de Fomento ao Teatro e Dança para a cidade de São Paulo em sua inteireza, sem acréscimos controladores (por meio de editais ou decretos) instituídos ao sabor de interesses políticos, partidários, econômicos, fiscais, jurídicos, burocráticos;
- Imediata supressão do decreto municipal nº 51.300;
- Que o poder legislativo zele por suas atribuições democráticas não permitindo que o poder executivo converta-se num super poder que ignorara as resoluções da câmara;
- Um(a) secretário(a) de cultura que seja sensível parceiro(a) daqueles que produzem cultura ;
- Ampliação das verbas dos Fomentos;
- Aprimoramento do fomento a dança com o intuito de possuir dotação orçamentária própria estipulada em lei;

Quem não se mexe, não sente as amarras que o prendem!

Movimento de Teatro de Grupo de São Paulo
Mobilização Dança
São Paulo 10 de novembro de 2010


postado em idança.net - em 11/11/2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

AULA ABERTA COM PIANO NA CCMQ

AULA ABERTA E GRATUÍTA COM PIANO PARA ADULTOS INICIANTES NA CCMQ



O Troupe ArtMobile Dance Cia. promove aula gratuíta com a Profa. Liah Trindade e o pianista Rocelito Amaral.
LIAH TRINDADE dará uma aula aberta e gratuíta de ballet para adultos iniciantes na Casa de Cultura Mário Quintana.





PROFESSORA? Liah Trindade
PIANISTA? Rocelito Amaral
ONDE? CCMQ, Sala Cecy Frank (4º andar)
QUANDO? na Sexta (dia 05/11/2010)
HORA? das 19h as 21h
INFORMAÇÔES? ligia-trindade@bol.com.br (51)99624648

CURSO: Como Elaborar Projetos para Captação de Recursos e Patrocínios



CAPTAÇÃO DE RECURSOS - APRESENTAÇÃO Essa é a temática de treinamento “Elaboração de Projetos para Captação e Recursos”, apresenta de forma mais pragmática, simples e objetiva a concepção e viabilização, a elaboração, o gerenciamento e a captação de recursos de projetos, oferecendo aos participantes a visualização das diversas fases de um projeto, desde a composição de idéias até a avaliação final.

Objetivo

Capacitar os participantes a elaborar projetos para captação de recursos financeiros e busca de patrocinadores, apoiadores e parceiros, através da produção de projetos criativos, inovadores e sustentáveis.

Público-alvo

Gestores, presidentes, diretores, gerentes, supervisores e voluntários de organizações sem fins lucrativos;

Profissionais das áreas administrativa, comunicação, marketing, projetos e/ou captação de recursos de ONGs;

Profissionais liberais que atuam no Terceiro Setor, educadores ou interessados no tema.

Estudantes de Comunicação, Jornalismo, Marketing e Serviço Social

Funcionários de órgãos públicos ligados à área de saneamento, assistência social, educação e saúde.

Metodologia

O curso de Elaboração de Projetos para Captação de Recursos será realizado na modalidade de educação a distância, através de material previamente elaborado e avaliado por Profissionais da Cultura e Professores Universitários especializados em Marketing Cultural e Gestão de Negócios.

Este curso será dividido em 5 blocos, separados por Tópicos e acompanhados por profissionais que atuarão como tutores especializados que irão avaliar o andamento das atividades e projetos elaborados pelos treinandos, assim como Tutores Apoiadores, para tirar dúvidas ou promover fóruns de aprendizagem que atuarão como mediadores do saber, disponíveis para tirar dúvidas dos alunos através dos meios de comunicação disponíveis.

Conteúdo - Resumo:

Apresentação, análise de cada tópico necessário à elaboração de projetos para captação de recursos;
Metodologia para facilitar e resultar em eficiência na elaboração e gerenciamento do projeto;
Quem são e como chegar aos agentes financeiros;
Agentes financeiros governamentais e privados do Brasil;
Conquista de parceiros para a captação de recursos sob o ponto de vista da instituição e do financiador;
Indicadores de avaliação, acompanhamento e gerenciamento;
Fatores de risco e elaboração de cronograma;
Orçamento, fluxo de caixa e usos de fontes;
Comportamento das organizações na elaboração de projetos.
Investimento:

Valor Total do Investimento: R$ 200,00
A VISTA: R$ 150,00 (boleto via MOIP, cartões de crédito via Paypal))
Parcelamento em diversos cartões pelo Sistema MOIP.

Inscreva-se: http://aved.suaartenarede.com//ap_cursos/captacao_de_recursos.html

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Reverência ao tempo - Airton Ricardo Tomazzoni dos Santos



E pensar que não faz muito tempo a carreira de intérprete no balé dificilmente sobreviveria aos seus trinta anos. Quem desfrutou da apresentação de Três solos e um dueto, na última quarta-feira, agradeceu os tempos serem outros. Em cena dois ícones d...a dança do século XX, Ana Laguna e Mikhail Baryshnikov, revelando um refinado exercício de sobriedade e delicadeza que comoveu o público, no Teatro do Sesi lotado. O programa da noite equilibrou obras consagradas com a produção de novos coreógrafos internacionais. Lá estava o lirismo e competência do sueco Matk Ek, em Solo for two e Place. Bem como a inédita Valse-Fantasie, do russo Alexei Ratmansky. E ainda a inteligência e bom humor de Years later, do francês Benjamin Millepied (aliás que em breve poderá ter seu talento conferido nas telas em Black Swan, protagonizado por Natalie Portman).
Mas não há como apreciar o programa sem sermos afetados pelo fato de que estamos diante de dois mitos da dança, Ana Laguna, com 54 anos, e Baryshnikov, com 62 anos. Ambos optando por não abandonar os palcos no ápice de suas carreiras e permitindo ver os frutos da maturidade de seus corpos dançantes. E não há no fato dessa constatação etária qualquer condescendência (daquela que torna tão difícil avaliar apresentações infantis e de idosos), mas sim a afirmação de outras qualidades nos intérpretes que dançam que não as do virtuosismo imperativo de numerosas piruetas, grandes saltos ou equilíbrio em sapatilhas de pontas. A técnica que transparece no palco é a do domínio tranqüilo e das descobertas que só os anos trazem. A dupla de intérpretes brinca, joga, suaviza, sublinha, mostra quem manda na música e que se pode fazer dança sem recorrer apenas aos efeitos que os consagraram.
Em Years later, Baryshnikov ironiza sua própria imagem juvenil projetada em um filme que o desafia a reproduzir os passos que realizava no passado. Ele não vacila e transforma, reinventa, recusa, esquece de propósito. Não são mais aquelas ferramentas que ele conta para fazer sua dança. E é o assumir dessa condição que dá uma dimensão de rara dignidade à cena. Uma lição, sem aquela postura dos mais velhos que assumem já saber de tudo, mas com o sabor e desafio de saber precisar redescobrir sempre, a cada dia, a cada nova experiência e nos fascinar com a integridade e intensidade de tal ato. Uma salutar perspectiva para as jovens bailarinas que também enchiam a plateia. Que seus mestres e mestras possam reconhecer essa lição e cultivar a tão necessária reverência ao tempo, à memória, mas também ao esquecimento.

Airton Tomazzoni - coreógrafo e diretor do Grupo Experimental de Dança da Cidade
texto publicado no Jornal Zero Hora - sábado - 30/10/2010

Boys in Ballet



Boy in Ballet Class I

Boys in Ballet part II



Boy in Ballet Class II

Bolshoi Ballet Academy:Behind the Scenes with Eric Conrad part 15



Aula de BALLET para rapazes!! Especial!!!

Ballet: eles também dançam

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fique Ligado! Confira os cursos abertos na área de cultura

Por Blog Acesso

Se você faz parte do grupo de pessoas que gostaria de reciclar o conhecimento, mas nunca arranja tempo para mapear cursos e escolher o mais alinhado, essa é a sua chance. O blog Acesso pesquisou algumas opções na área da cultura, que vão te ajudar a desengavetar aquele projeto antigo de voltar a estudar e a organizar melhor 2011. Confira abaixo algumas opções!

Alagoas
• Curso de Gestão e Políticas Culturais
Organizadores: Observatório Itaú Cultural e Universidade Federal de Alagoas – UFAL
Duração: 8 a 12 de novembro de 2010
Vagas: 100
Inscrições: até o dia 2 de novembro de 2010
Informações: Itaú Cultural

Rio de Janeiro
• MBA em Gestão Cultural
Organizadores: Associação Brasileira de Gestão Cultural – ABGC e Universidade Cândido Mendes
Duração: 16 meses, com início em março de 2011
Vagas: –
Inscrições: abertas
Informações: ABGC

Brasília
• Plano Estratégico Operacional e de Captação de Recursos para 2011
Organizadores: Revista Markting Cultural online
Data: 12 e 13 de novembro de 2010
Inscrições: abertas
Informações: Revista Markting Cultural online

Curitiba
• Curso de elaboração de projetos e captação de recursos
Organizadores: Diálogo Social
Data: 8 de novembro de 2010
Inscrições: abertas (dialogo@dialogosocial.com.br )
Informações: Diálogo Social

Minas Gerais
• MBA em Gestão Cultural
Organizadores: Centro Universitário UNA
Duração: 360 horas ( 2011
Vagas: –
Inscrições: abertas
Informações: UNA

Equipe blog Acesso

MinC investe R$ 300 milhões em oito novos fundos setoriais

Priscila Fernandes / blog Acesso

Enquanto a reforma da Lei Rouanet não é votada pelo Congresso Nacional, o Ministério da Cultura – MinC dá um passo em direção à migração do modelo, fortalecendo o Fundo Nacional de Cultura – FNC com a ampliação de seu orçamento e a criação de oito novos fundos setoriais. Anunciado pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, na última quarta-feira, 20 de outubro, o Plano de Trabalho do Fundo Nacional da Cultura vai investir, até o final de novembro, R$ 300 milhões nos novos fundos setoriais.
Deste montante, R$ 87 milhões serão destinados a 15 novos editais criados para atender aos oito fundos setoriais; R$ 63,93 milhões vão para ações viabilizadas por convênios; e R$ 30,78 milhões serão endereçados ao financiamento de bolsas de estudos. Segundo a assessoria do MinC, “até o final de novembro, 22 novos editais participantes do programa ProCultura vão contar com R$ 118,99 milhões”. Vale lembrar que a criação dos novos fundos setoriais só foi possível devido à ampliação do orçamento do MinC, em 2010, para R$2,2 bilhões. Para 2011, uma emenda da Lei das Diretrizes Orçamentárias – LDO, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último mês de agosto, garantirá a ação do Fundo Nacional de Cultura, mesmo diante de imprevistos.
Os oito novos fundos setoriais a saber são: Acesso e diversidade; Ações transversais e equalização de políticas culturais; Artes visuais; Circo, dança e teatro; Incentivo à inovação audiovisual; Livro, leitura, literatura e língua portuguesa; Música; e Patrimônio e memória. Para cada um deles foi estabelecido um valor de recurso, correspondente às demandas apresentadas por seus comitês técnicos. A definição final sobre a partilha do investimento coube à Comissão do FNC. Confira a distribuição:

Circo, Dança e Teatro: R$ 66,88 milhões
Ações Transversais e Equalização de Políticas Culturais: R$ 64,6 milhões
Patrimônio e Memória: R$ 33,39 milhões
Artes Visuais: R$ 31,5 milhões
Música: R$ 30,44 milhões
Audiovisual: R$ 30 milhões
Livro, Leitura, Literatura e Língua Portuguesa: R$ 30 milhões
Acesso e Diversidade: R$ 13,9 milhões.



Os novos fundos setoriais serão geridos por um comitê formado por representantes da sociedade civil e do governo, o que permitirá uma avaliação mais acurada dos projetos enviados. “Agora, teremos uma avaliação setorializada, com pessoas especializadas em determinadas areas da cultura, sejam elas artistas, integrantes da área empresarial ou acadêmicos. Com isso, aumentamos a capacidade de acerto na avaliação dos projetos”, disse Juca Ferreira durante o anúncio.
Descubra o que muda na prática
• Por se tratarem de fundos públicos, com recursos exclusivos para o desenvolvimento de programas, projetos ou ações culturais, os fundos setoriais poderão receber benefícios por meio da realização de editais – no caso, com inscrições via internet.
• A avaliação dos projetos passa a ser realizada por uma comissão de especialistas de cada setor.
• Os fundos atuam como uma alternativa à Lei Rouanet. Qual a vantagem do novo modelo? Nos moldes da Rouanet, o produtor cultural, gestor cultural ou artista precisa primeiro do aval do Ministério para depois proceder a captação no mercado – apenas 20% dos projetos conseguem concluir o processo. A partir de agora, deixam de existir as etapas intermediárias, com a liberação do recurso feita diretamente pelo Ministério da Cultura.
• A diversidade de projetos aprovados será maior e os desequilíbrios e distorções da Lei Rouanet serão combatidos. Hoje, a maior parte dos projetos financiados se enquadra no perfil desejado pelo patrocinador, o que descarta a possibilidade de implementação de projetos polêmicos, experimentais e imateriais. Neste novo modelo, preponderam critérios públicos, como o acesso à cultura, o custo-benefício para a população, a descentralização dos recursos e a circulação dos projetos por diversas regiões do País. No entanto, representantes do governo, como o secretário executivo Alfredo Manevy, afirmam que a renúncia fiscal será mantida para empresas que queiram patrocinar projetos alinhados à suas marcas. “Com a criação dos Fundos Setoriais de Cultura teremos fontes complementares para financiar o desenvolvimento da cultura nacional”, disse Manevy durante o pronunciamento sobre os fundos setoriais.
Para saber mais sobre a nova medida do governo, clique aqui e leia o depoimento do ministro Juca Ferreira sobre os fundos setoriais.

Priscila Fernandes / blog Acesso

CORRESPONSABILIDADE E ÉTICA NOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO EM DANÇA

CORRESPONSABILIDADE E ÉTICA NOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO EM DANÇA
Fragmento de artigo que será publicado na íntegra no livro comemorativo dos 10 anos da Bienal Internacional de Fortaleza.

Profa. Dra. Isabel Marques
Instituto Caleidos/SP
Graduada em Pedagogia pela USP, Mestre em Dança pelo Laban Centre for Movement and Dance, Londres, doutora em Educação pela USP. Diretora do Caleidos Cia. de Dança (SP) e do Instituto Caleidos (SP). Autora dos livros “Ensino de dança hoje”, “Dançando na escola” e “Linguagem da dança: arte e ensino”. Contato: www.caleidos.com.br, caleidos@caleidos.com.br. Agradeço a Fábio Brazil pela leitura crítica deste texto.

“Quanto mais me capacito como profissional,
quanto mais sistematizo minhas experiências,
quanto mais me utilizo do patrimônio cultural,
que é patrimônio de todos e ao qual todos devem servir,
mais aumenta minha responsabilidade como os homens”
(Paulo Freire)


Ética: uma introdução
A criação de redes de relações corresponsáveis pela formação em dança perpassa pelo desejo e pela necessidade de compreender a tessitura dessas redes como uma questão que se volta para o bem comum, para o bem coletivo e não para processos lineares e unilaterais. A formação das redes de relações, portanto, perpassa necessariamente pela ética.

As atitudes éticas enfatizam justamente o respeito ao outro (RIOS, 1995), a reflexão e a busca de sentido nas ações dentro de um contexto livre e de boa fé. A ética permite estabelecer diálogos com a dignidade humana na efetivação da cidadania democrática, pois trabalha com princípios de respeito, justiça, solidariedade e integridade (ibid, 2008). Redes de formação em dança tecidas com ética viabilizariam também a tessitura de redes de relações sociais em que corresponsabilidades são assumidas e caminhos escolhidos coletivamente.

Além da postura ética, Paulo Freire (2001) sugere que a responsabilidade do educador se traduz pela competência e pela coerência que se leem na presença do educador com o mundo e não simplesmente em sua presença no mundo. A responsabilidade, defende o autor, diz respeito a decidir e não simplesmente a seguir correntes de pensamento e comportamento. A responsabilidade no campo da educação, continua, diz respeito à justiça social e à maneira como escolhemos ou não nos comprometermos com ela (FREIRE, 1982). Ações responsáveis são, acima de tudo, ações competentes, coerentes e éticas, enfatiza.

Entendo que “educadores somos todos nós que criamos e tecemos as redes de relações interpessoais, culturais e políticas que formam a sociedade em que vivemos” (MARQUES, 2010, p. 15). Assim, professores, artistas, pesquisadores, curadores, críticos, gestores públicos, produtores são todos educadores no campo da dança, são todos corresponsáveis pelos processos de educação, de formação em dança, cada qual em sua função específica: ao professor cabe especificamente o ensino e a aprendizagem, ao artista a criação e o diálogo, ao gestor a elaboração e execução projetos e políticas públicas etc.

A competência, a coerência e a ética, no entanto, não diz respeito a funções e/ou especificidades de trabalho de cada um dos profissionais da dança: competência, coerência e ética configuram-se como uma dimensão no universo das relações dos processos de formação sem as quais a própria rede de relações não se tece. A competência diz respeito ao conhecimento, ao saber, às redes de conteúdos do universo da dança. A coerência implica as relações teoria/prática, as relações entre o que se diz, prega e pesquisa e atitudes e comportamentos cotidianos. A ética reflete sobre os valores que comandam as ações e as fazem ir além do nível imediato da situação (RIOS, 2008).

Atitudes competentes, coerentes e éticas dizem respeito ao compromisso de cada profissional na realização dos direitos e deveres dos coletivos de uma sociedade. Esse compromisso, assim como defende Paulo Freire (1982), está diretamente ligado ao conhecimento e à responsabilidade que assumimos frente ao conhecimento universal (que pertence a todos) – conhecimento a que temos direito e que podemos/devemos (des/re)construir nos processos de formação em dança.

A sonegação de conhecimento, o plágio, a destruição e a depreciação do trabalho do outro, a falta de diálogo com alunos, intérpretes e público, a apropriação privada dos bens públicos (convênios em teatros, museus, bibliotecas e no gerenciamento de leis) são exemplos constantes de falta de compromisso com o conhecimento. São exemplos, infelizmente corriqueiros, de falta de ética com o outro, com uma convivência digna, respeitosa e solidária em sociedade; são exemplos de falta de compromisso e de responsabilidade – portanto, de ética – na construção das redes de formação, de educação permanente e continuada na área de dança.

Processos de formação em dança tecidos com competência (conhecimento), coerência (redes de relações) e ética (apreço e trabalho pelo bem comum) diferem-se radicalmente dos processos de formação regidos pelo jogo de culpas, pelo poder unilateral, pelas relações lineares e pelas vaidades acadêmicas.




Processos de formação em dança que tecem redes de relações entre o conhecimento, as dinâmicas sociais e o bem comum possivelmente não forjarão fôrmas e/ou enformarão pessoas. Ao contrário, ao delinearmos formas múltiplas, abertas e interrelacionadas de convivência e (des/re)construção de conhecimento poderemos contribuir para processos de formação em dança corresponsáveis e éticos, justos e voltados para o bem comum. Poderemos contribuir para a construção da cidadania democrática.


REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

__________. Política e educação. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

MARQUES, Isabel. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010.

RIOS, Terezinha. Ética e competência. São Paulo: Cortez, 1995.

__________. A presença da filosofia e da ética no contexto profissional. Revista Brasileira de Comunicação e Relações Públicas/ECA-USP, v. 5, n. 8, p. 78-88, 2008.

VEIGA, Ilma Passos. A aventura de formar professores. São Paulo: Papirus, 2009.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Acesso à Cultura e Promoção da Cidadania - Seminário Internacional da Democratização Cultural



O Instituto Votorantim está lançando a publicação "Acesso à Cultura e Promoção da Cidadania - Seminário Internacional da Democratização Cultural"
A publicação está disponível para download no site Instituto Votorantim e
no Blog Acesso - democratizacaocultural@blogacesso.com.br

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Seleção para Montagem Coreográfica



O Troupe ArtMobile Dance Cia. faz seleção para montagem coreográfica e apresentação junto ao Balaio das Artes na CCMQ.

Venha fazer a aula/seleção com Liah Trindade no dia 30/10/2010 (próximo sábado), ás 13:30h, no Balaio das Artes - Espaço de Expressão, Rua Otávio Corrêa, 35 - Cidade Baixa, Fone 3084-1320

Informações: ligia-trindade@bol.com.br - (51)99624648

Líah Trindade (Ana Ligia Trindade) – direção artística
ligia-trindade@bol.com.br – (51)99624648
Member of International Dance Council – CID/UNESCO
CID/UNESCO 12799 - SATED 6044/88 – DRT/RS 2205
Especialista em Dança – PUCRS
Mestranda em Memória Social e Bens Culturais – UNILASALLE
Pesquisa CNPq/Unilasalle em Memória, Cultura e Identidade
Pesquisa CID/UNESCO em Notação Coreográfica
Comissão p/presença e atuação do CID-UNESCO no Brasil

Morre Irmngard Hofmann Azambuja!



O Centro Municipal de Dança (Porto Alegre/RS)comunica o falecimento de Irmngard Hofmann Azambuja, uma das pioneiras da dança no Rio Grande do Sul.

Abaixo texto dedicado a essa importante bailarina, música e professora, responsável pela afirmação e desenvolvimento do balé em Porto Alegre, no início do século XX.


"Recordar de Dona Irmngard é um agradável exercício, por inúmeros motivos. Primeiro porque minha história enquanto pesquisador de História da Dança está intimamente e entusiasticamente marcada pelo nosso encontro. Mas também pela descoberta e reafirmação da importante figura que ela foi para a cena cultural do Rio Grande do Sul. E talvez mais do que tudo isso, de uma amiga querida, sensível, bem-humorada e generosa.

Quando comecei a me aventurar a pesquisar as origens da dança em Porto Alegre contava com uma cópia datilografada das pesquisas de Morgada Cunha e Cecy Franck, que na época não haviam sido publicadas ainda. Lá aparecia o nome de Irmngard Hofmann Azambuja e algumas linhas sobre seu trabalho na década de 30. Num primeiro momento ficou apenas um desejo de intrigante de saber mais. Perguntava para professoras de balé mais antigas, buscava encontrar outras referências sem sucesso. Não sabia se ainda estava viva ou não. Em 2003, quando assumi as aulas de História da Dança, na Universidade Federal do RS, propus aos alunos o exercício investigativo das origens da dança no Estado. A uma das alunas coube Irmngard e uma certa tristeza de tão pouco material sobre ela. Mas a aluna, Rose Nunes, começou a procurar, indo, inclusive investigar guias telefônicos antigos, até que encontrou uma senhora de mesmo nome, ligou e perguntou se era da residência de Irmngard. E ouviu a seguinte resposta: Sim, é ela mesma.

A partir daí minha aluna produziu um belo trabalho inicial e seguiram-se vários encontros meus com Dona Irmngard em sua residência, no chá da tarde. Foi assim que fomos descobrindo que com pouco mais de sete anos, em 1925, ela já havia subido ao palco, em uma ópera no Theatro São Pedro. Que formava, ao lado de Lya Bastian Meyer, Tony Petzhold e Salma Chemale, os pilares do balé clássico em Porto Alegre. Que as quatro dividiram o palco, em 1928, na primeira apresentação do Instituto de Cultura Física, de Nenê Dreher e Mina Black. Que teve sua própria escola de balé no final da década de 30, o Instituto Coreográfico Irmngard Hofmann. Que a jovem bailarina realizou viagem de estudos pelo Brasil, fazendo aulas com mestres como o tcheco Vaslav Veltscheck, do Municipal do Rio de Janeiro. Que, em 1938, suas bailarinas Leda Acauan, Berenice Faedrich e Érica Renner apresentam Valsas e Danças Húngaras, de Brahms, que encantou o crítico do jornal Correio do Povo, Aldo Obino.

Ficamos sabendo que ela deixou de ser professora por opção (e por conselho de um crítico do jornal Diário de Notícias), para ser artista e solista que se apresentou em inúmeras cidades do Estado, divulgando a arte do balé e encantando o público com seu talento e técnica ao som de Chopin, Debussy e Grieg.

E as surpresas não se esgotavam. Com orgulho especial ela revelou que foi primeiro violino da OSPA, tendo sido regida pelo maestro e compositor Villa-Lobos. Que depois de ter se afastado dos palcos não largou a dança e ampliou seu interesse para ioga (tendo publicado três livros sobre o tema). E que ainda tinha uma turma de alunas setuagenárias que se encontram em sua casa, não apenas para conversar, mas para se exercitar e dançar. E, como talvez, meu olhar traduzisse incredulidade, trouxe uma fita VHS em que me mostrou um balé cósmico no qual ela dançava com as alunas, representando astros, planetas e outros corpos celestes. Sim, aquele senhora que me servia chá e em breve completaria 90 anos, dançava e comandava o baile ainda.

Como se não bastasse, Dona Irmngard me confiou, por 24 horas, seus cadernos de recortes e fotos para que eu fizesse cópias. Álbuns amarelados com programas e críticas de jornais. Assim, pude ir aos poucos recuperando essa decisiva e inestimável participação na formação da dança cênica em nosso Estado.

E tinha mais. De uma gaveta ela me revelou um tesouro (ainda que ela não assim o considerasse): um álbum com centenas de fotografias de poses e seqüências de balé com a descrição escrita à mão. Um material da década de 1930 e que arrisco afirmar que possa ser o primeiro manual sistematizado de balé no Brasil.

Enfim, sucederam-se vários encontros para minha felicidade. Tardes inteiras ouvindo histórias de dança. E um convite do qual muito me honro, de estar presente no sua festa de aniversário de 90 anos. Segundo Irmngard, em entrevista à pesquisadora Rose Nunes, em 2003, declarou que nunca parou de dançar: “danço até hoje, em minha intimidade, basta ouvir alguma música que me comova, ou desperte minha atenção por sua beleza, ou até mesmo quando acontece algum fato ou momento que me comova, sinto vontade de dançar.”

E foi inevitável, frente ao reconhecimento de tanto trabalho para afirmar a arte da dança, homenageá-la em 2005, no Dia Internacional da Dança, quando cerca de 2 mil pessoas aplaudiram-na em pé no Salão de Atos da UFRGS. E, posteriormente, indicá-la ao Prêmio Joaquim Felizardo, que destaca todos aqueles que tiveram uma contribuição inestimável à cultura local.

Não consegui realizar, contudo, um plano secreto nosso. O de no Dia Internacional da Dança, valsarmos junto para comemorar a data. Ela tinha aceito o convite, mas acabei envolvido com lidas acadêmicas nos últimos anos que me afastaram dessa concretização. Azar o meu, pois Dona Irmngard seguiu seu bailado pelo grande salão da galáxia, afinal esse é o lugar de toda estrela. Se um dia arrumar outra parceira para minha valsa (que terá como intuito homenageá-la mais uma vez), tenho certeza que ela vai autorizar, e uma luzinha vai estar brilhando mais forte lá no céu, ajudando a marcar a contagem: um, dois e três; um, dois e três; um, dois e três..."

Airton Tomazzoni, 24 de outubro de 2010.

Texto publicado no blog do Centro Municipal de Dança: http://cdancasmc.blogspot.com/2010_10_01_archive.html

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Oficina de elaboração de Projetos Culturais



Dance o domingo... é GRÁTIS! - PROMEIRO balaio GRÁTIS.



Acontece neste domingo, 24/10, nosso primeiro BALAIO GRÁTIS!
Serão aulas gratuitas de dança, das 9h30 às 20h20. Todos os professores de dança da escola participarão do evento, mostrando em aulas de 40 minutos, um pouco de seu trabalho.
As aulas iniciam às 9h30 com Ballet. Às 12h, intervalo de uma hora para almoço. Teremos a parceria do Sierra Maestra, que servirá almoço aos bailarinos e professores (pedimos que confirmem com antecedência).
Após o término das aulas, iniciaremos às 20h30 a FESTA DA CHEPA! onde os alunos poderão treinar o que aprenderam durante o dia de aulas.
Segue abaixo, o cronograma de aulas com os respectivos professores.
9h30 às 10h10 - ballet - professora Liah Trindade
10h20 às 11h - rumba afro-cubana - professora Melissa Assumpção
11h10 às 12h - dança do ventre - professora Aaminha Azah
12h às 13h - intervalo para almoço
13h às 13h40 - dança cigana - professora Melissa Assumpção
13h50 às 14h30 - bolero - professor Anderson Lee
14h40 às 15h20 - soltinho - professor Mário Teichmann
15h30 às 16h10 - forró - professor Guillermo Sortica
16h20 às 17h - salsa cubana - professor Jean Crapanzani
17h10 às 17h50 - samba - professores Ana Sperling e Gabriel Rosa
18h às 18h40 - zouk - professores Patrícia Sassen e Marroni
18h50 às 19h30 - pagode - professores Paty Paixão e Gabriel Rosa
19h40 às 20h20 - salsa LA - professores Ana Sperling e Alexandre Adami
20h30 às 24h - FESTA DA CHEPA! - Dj Marcelo Benetti
Agradecemos a todos os professores e colaboradores do Balaio das Artes pela parceria neste e em muitos outros eventos de grande sucesso!
SERVIÇO
O que: BALAIO GRÁTIS - aulas gratuitas de dança
Quando: 24/10/10, das 9h30 às 24h
Onde: BALAIO DAS ARTES - Espaço de Expressão. Otávio Corrêa, 35 - Cidade Baixa. Fone 3084-1320
Quanto: gratuito

Att, Gerência
BALAIO das ARTES
Espaço de Expressão
Rua Otávio Corrêa, 35 - Cidade Baixa
www.novasdobalaio.blogspot.com
30841320

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Palestra FUMPROARTE: formatação de projetos




Palestra FUMPROARTE
Com Alexandre Magalhães e Silva

Formatação de projetos para os editais do Sistema FUMPROARTE

OBS: essa atividade será aberta a todos os seguimentos culturais e interessados.

Dia: 30/10 SABADO

Hora: 14 às 17hs

Local: SALA PF GASTAL / 3º ANDAR USINA DO GASOMETRO

BALAIO GRÁTIS!



9h30 - 10h10 - Ballet (Liah Trindade)
10h20 - 11h - Rumba afro-cubana (Melissa Assumpção)
11h10 - 12h - Dança do Ventre ( Aaminah )
12h - 13h - INTERVALO PARA ALMOÇO (no Sierra Maestra, R$ 8,00, favor confirmar)
13h - 13h40 - Dança Cigana ( Melissa Assumpção)
13h50 - 14h30 - Bolero (Anderson Lee)
14h40 - 15h20 - Soltinho (Mário)
15h30 - 16h10 - Forró (Guigo)
16h20 - 17h - Salsa Cubana (Jean)
17h10 - 17h50 - Samba (Gabriel)
18h - 18h40 - Zouk (Marroni e Paty)
18h50 - 19h30 - Pagode (Gabriel)
19h40 - 20h20 - Salsa LA (Adami)
20h30 - 24h - FESTA!


VAMOS APROVEITAR!!!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Revista MOVIMENTO no Portal CAPES



Aconteceram recentemente dois eventos, relacionados entre si, que merecem a atenção dos editores de periódicos científicos da área da Educação Física e dos pesquisadores que nela produzem conhecimento. O primeiro deles foi o Fórum de Editores de Periódicos Científicos dessa área de conhecimento, e o segundo, o Fórum de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação da chamada Área 21 do CNPq (Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional), ambos ocorridos na agenda de trabalhos do XV Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e do II Congresso Internacional de Ciências do Esporte. Nesses eventos ficou evidente, tanto nas discussões havidas entre os editores quanto no debate público entre os candidatos a Representante de Área, a necessidade de uma correção de rumos na avaliação dos programas de pós-graduação, sua relação com a produção científica controlada pelos indexadores nacionais e internacionais e também sobre os critérios de organização do QUALIS da CAPES, em que os candidatos manifestaram-se, de modo favorável, ao aumento da participação imediata de um QUALIS LIVRO revigorado na avaliação trienal da área de conhecimento Educação Física. Notícia alvissareira, pois se reconhece a diversidade na área e tenta-se diminuir todo um conjunto de desigualdades históricas e “fantasmas” que sazonalmente ganham visibilidade na Educação Física brasileira. Nesse sentido, a revista Movimento apresenta seu reconhecimento público aos candidatos Helder Guerra de Rezende, José Ângelo Barela e Juarez Vieira do Nascimento, pelo alto espírito democrático e transparência ímpar com que expuseram suas idéias e planos para os periódicos e para a pós-graduação no triênio vindouro. Esperamos que o exemplo e a iniciativa venham a ser comuns na nossa área. Finalmente, queremos anunciar que a revista Movimento
acaba de ser incluída no Portal de Periódicos da CAPES. Não é uma ação isolada. Representa, junto ao CD com a coleção completa da revista, que disponibilizamos gratuitamente à Comunidade, nossa firme crença de que a socialização rápida e gratuita do conhecimento produzido pela comunidade científica contribui para o desenvolvimento humano e social do país, e contrapõem-se às estratégias que transformam a indexação de periódicos científicos em “business”. Contribuem nesta edição os seguintes autores responsáveis pelos artigos: Victor Andrade de Melo; Janice Zarpellon Mazo; Renato Beschizza Valentin e Fernando Renato Cavichiolli; Paulo Rogério Barbosa do Nascimento e Luciano de Almeida; Larissa Michelle Lara; aurita Schiavon e Vilma Nista-Piccolo; Rubiane Giovani Fonseca, Jeane Barcelos Soriano e Silvia Cristina Nakamura. Nos ensaios contribuem: Maristela da Silva Souza; Ana Lígia Trindade e Flavia Pilla do Valle; Renato Francisco Rodrigues Marques, Marco Antonio Bettine de Almeida e Gustavo Luis Gutierrez e assina a resenha a autora Ileana Wenetz.

BALLET NO BALAIO: P/ADULTOS INICIANTES/INTERMEDIÁRIOS




ATENÇÃO PESSOAL!!!
AULAS DE BALLET (ADULTOS INICIANTES/INTERMEDIÁRIOS)

Liah Trindade no BALAIO das ARTES
Aos sábados, das 13:30 ás 15:00
Informações: (51)30841320 ou balaiodasartes@ymail.com

Aproveite e participe da PROGRMAÇÂO do BALAIO:

* 24/10 domingo - Balaio Aberto das Artes - Aulas de 40min, inteiramente gratuitas das 13h às 20:20; às 20:30 baile de Dança de Salão também gratuito. Convidem amigos, vizinhos, namorados/as...

* 05/11 sexta - Sexta a Festa é no Balaio! Baile de Dança e Salão c/ DJ Marcelo e banda de forró. R$5 aluno / R$10 não aluno / Bolsistas Free.

* 19/11 sexta - Mostra de Danças Gina Vitola - Show de Rumba das meninas, Samba Duo, Salsa Duo e Bolero Duo. Todos devem prestigiar. Valores a confirmar.

* 22/12 - Show de encerramento no Teatro Bruno Kieffer - todos alunos, professores, bolsistas e colaboradores irão participar.

Att, Gerência
BALAIO das ARTES
Espaço de Expressão
Rua Otávio Corrêa, 35 - Cidade Baixa
www.novasdobalaio.blogspot.com
30841320

WORKSHOP DE EDITORAÇÃO CIENTÍFICA

6º Workshop de Editoração Científica

De 28/11/2010 a 2/12/2010

Faltam 44 dias para o início do evento. Duração: 5 dias

Agência FAPESP – Entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro, a cidade de São Pedro (SP) receberá o 6º Workshop de Editoração Científica e o 2º Seminário Satélite para Editores Plenos. O evento ainda incluirá minicursos de editoração científica e o fórum “O papel do bibliotecário nos periódicos científicos”.

Promovido pela Associação Brasileira de Editores Científicos, o workshop terá como tema deste ano “Valorização e qualificação dos editores e dos periódicos brasileiros”.

Estão previstas mesas de discussão com editores de publicações científicas indexadas e emergentes. Entre os temas de discussão estão “Como subsidiar os periódicos nacionais junto ao novo Qualis”, “Como evitar plágios em trabalhos científicos”, “Ética e conflito de interesses” e “Direitos autorais”.

Mais informações: http://www.abecbrasil.org.br/index.asp

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VI Workshop de Editoração Científica 
“Valorização e qualificação dos editores e dos periódicos brasileiros”
 
Fórum – O papel dos bibliotecários nos periódicos científicos  
01/12/2010 – das 14:00 às 18:00h 
Coordenação: Rosaly Favero Krzyzanowski 
Relatoria: Suely de Brito Clemente Soares e Andrea Pacheco Silva Hespanha 
 
Objetivos: identificar e reunir os bibliotecários que atuam em periódicos científicos no Brasil, bem como o seu envolvimento no processo de produção e/ou gestão destes periódicos; sua posição hierárquica nas revistas, suas funções, atribuições, competências e habilidades, bem como suas relações com os diferentes atores que atuam neste processo, além de determinar o fluxo de trabalho, informação e documentação.
 
Tem o intuito de mapear estes profissionais, identificar suas funções, atividades, formação específica, habilidades/competências; bem como seu interesse na educação continuada (e em quais especialidades e áreas), e ainda colaborar na gestão do conhecimento produzido e acumulado por estes profissionais no curso de suas atividades. Portanto, localizar, selecionar, tratar, armazenar e disponibilizar as informações produzidas, além de compartilhar as experiências acumuladas, a fim de facilitar e mediar o conhecimento.
 
Diferenciar o profissional bibliotecário que atua em bibliotecas universitárias e atuam na normalização do periódico, diferentemente do processo de gerenciamento dos periódicos.
 
Contribuir com informações consolidadas sobre a gestão das secretarias dos periódicos (institucionais ou de sociedades) para a tomada de decisão por parte dos editores e/ou diretores.
 
Elaborar um documento de orientação para os profissionais da área.
 
 Bibliotecário em Periódico Científico (Secretaria)
 
 
>> Zelar pelo cumprimento das normas do periódico 
>> Sistematizar a coleta de dados sobre o periódico e seus principais concorrentes, identificando pontos fracos e fortes, bem como as oportunidades e ameaças, a fim de subsidiar o editor‐científico na tomada de decisões na administração do periódico 
>> Monitorar as bases de dados e indexadores 
 >> para detectar possíveis erros e/ou ausências de artigos/números/volumes 
 >> levantar estatísticas de uso e outros indicadores 
>> Auxiliar o editor‐científico na definição do cronograma de trabalho para a publicação do próximo número do periódico 
>> Sugerir alterações/atualizações tanto na rotina de trabalho da Secretaria, nas “instruções aos autores”, formulários diversos (carta‐convite a assessores, ofício de avaliação (solicitação de avaliação), ficha de julgamento dos manuscritos, carta‐resposta etc.), determinar as funções/atividades dos integrantes da equipe 
>> Coordenar o trabalho da Secretaria 
  >> Recebimento dos manuscritos e fluxo do processo de submissão 
  >> Checagem dos manuscritos quanto ao cumprimento das normas/instruções aos autores do periódico 
>> número de toques, quantidade e qualidade das imagens/gráficos/tabelas, documentação – termo de transferência dos direitos autorais, certificado do Comitê de Ética Profissional, autorização do paciente para uso de sua imagem etc.‐‐, disposição dos elementos textuais, descritores autorizados, especificidades da Metodologia, sistema de citação, formato das referências 
  >> Protocolar os manuscritos 
  >> Disponibilizar ao editor‐científico e/ou aos editores‐assistentes os manuscritos protocolados para indicação dos assessores (revisores) 
  >> Controlar prazos de revisão (recebimento e cobranças dos pareceres), devolução do manuscrito corrigido pelos autores, verificação das respostas/correções (certificado de revisão lingüística, quando solicitado)
 
>> Normalização dos manuscritos 
  >> conferência e correção das citações 
  >> paralelismo das citações x referências 
  >> conferência e correção das referências 
  >> correção dos descritores 
 >> Encaminhamento dos originais para a Editora responsável pela diagramação da publicação.
 
>> Zelar pelo cumprimento dos prazos junto à editora, de forma que tanto a revista impressa esteja disponível para remessa dentro dos prazos (cronograma), bem como sua disponibilização às bases de dados e indexadores do periódico 
>> Ajudar a definir tiragem (assinantes, permuta, doação, acervo)
 
>> Distribuição da revista 

A privatização do apoio à Cultura

Naquele ano, 1922, toda a classe artística brasileira, e em particular a do Rio de Janeiro, estava esperançosa e radiante. Afinal, a Lei Renaud estava em pleno vigor e aquela original idéia da chamada "renúncia fiscal" dava maior credibilidade ao governo Epitácio Pessoa. Era o ano do primeiro centenário de nossa independência e esta, finalmente, começava a sorrir para os artistas brasileiros.

As mais importantes empresas brasileiras recebiam projetos e mais projetos que, com base na Lei do Mecenato, atraíam a atenção e o interesse dos empresários. As empresas que mais receberam projetos dos artistas foram a São Paulo Coffee, o Banco Nordeste, as Lâmpadas Edison-Mazda, a Vanadiol ("o grande fortificante!"), a Antarctica ("os grandes productos do mercado: cervejas – licores") e a Companhia Fiat-Lux.

A reunião da diretoria da Fiat-Lux, naquela agitada noite de 22 de julho de 1922, iria ser muito inflamada. Apenas três projetos culturais haviam sido apresentados à empresa, mas a discussão era acalorada. Um filme, uma viagem de concertos eruditos e uma viagem de um conjunto de música popular eram os projetos a serem analisados. Seus autores eram Benedetti, Villa-Lobos e um tal de Pixinguinha, jovem de 24 anos de idade que havia criado um conjunto de nome "Os Oito Batutas".

O Dr. Pullen, apaixonado por cinema, puxava a brasa para a sardinha do projeto do tal Paulo Benedetti: um filme intitulado "A Gigolete". O roteiro até que era bem medíocre. Mas o autor do projeto incluía no elenco, com um expressivo papel, o famoso ator Jaime Costa.

Mas outro membro da diretoria, o Dr. Davidson, estava intransigente. Ia ser difícil demovê-lo do propósito de dar toda a verba para o projeto do compositor Villa-Lobos: uma viagem a Paris, para difundir a nova música brasileira. Os argumentos do Dr. Davidson eram contundentes. "– Este doido, o Villa-Lobos, faz uma música que ninguém entende hoje porque ele é um gênio!" – vociferou o Dr. Davidson.

"– Mas ele foi vaiado recentemente, lá em São Paulo, naquela tal Semana de Arte Moderna! Você não se lembra?" – gritou o Dr. Pullen, completando: " – Este desgraçado faz parte da turma do Graça Aranha, o calhorda subversivo!"

Mas tudo indicava que o flautista Pixinguinha e o Paulo Benedetti seriam prejudicados. Dr. Davidson foi categórico:

" – Somente uns gatos pingados gostam das músicas malucas deste tal Villa-Lobos. Seus concertos estão sempre vazios, mesmo com entrada franca. Mas este jovem, que agora está com 35 anos, daqui há 70 anos poderá ser considerado o maior compositor brasileiro de todos os tempos, com renome maior que o de Carlos Gomes!"

As expressões faciais do Dr. Davidson eram fortes, marcantes. Ele franzia a testa e o pescoço inflava dando a impressão que ia fazer estourar o colarinho apertado. Prosseguia ele:

"– Devemos apoiar a música brasileira contemporânea, apesar de seus sons estranhos. O Heitor Villa-Lobos tem usado, nas suas obras para orquestra, um naipe avantajado de instrumentos de percussão. Coisa de doido. Lá na ABI, noutro dia, vi o maestro regendo uma barulheira infernal, em que os sons dos violinos eram apoquentados pelos barulhos de caxambus, chocalhos de lata, tambores africanos, ganzás, matracas, pios e cuícas. Até saxofones o doido descabelado coloca na orquestra. Não entendi nada, mas sinto que este músico precisa de apoio para que as gerações futuras obtenham o devido retorno".

"– Que irresponsabilidade!" – esbravejou o Dr. Pullen. "Queremos lucro, luuuuuuucro!" – completou. "Que negócio é este de gerações futuras?

"– Meu prezado! Pense bem! Somos capitalistas e imperialistas, mas a arte e a cultura estão acima de tudo! Investimento imaterial! É este o bom caminho! Nós devemos aproveitar a renúncia fiscal do governo para aplicarmos em cultura, mesmo sabendo que, apoiando malucos, não teremos nenhum retorno financeiro. Os malucos de hoje hão de ser os gênios consagrados de amanhã, que enriquecerão o acervo cultural daquela nação cujos cidadãos serão os nossos filhos e os nossos netos."

O Dr. Davidson não era o único, na reunião, a demonstrar preocupação com a arte de vanguarda, de pouco público. Mr. Martin e a assessora Margareth concordavam com ele:

– "Este projeto, Os Oito Batutas, não precisa de nosso apoio. Isto é música popular, que se sustenta sozinha. Tem público certo, pagante!" – opinou a Sra. Margareth.

Mr. Martin foi mais longe:

– "É isso mesmo! O argumento vale também para este projeto de filme: A Gigolete. Esta cambada do cinema só pensa em dinheiro. Querem ganhar altíssimos lucros, faturando com doações, patrocínios e bilheterias. Ainda têm a coragem de chamar isto de Sétima Arte! Vejam só! São industriais que se camuflam de artistas!"

Já estava na hora de votar. Realmente, só a música arrojada, de vanguarda, sem público, deveria ser apoiada. As opiniões afunilavam para este consenso. Música popular, cinema, literatura, artes plásticas, tudo isso tinha público certo, pagante, que podia sustentar a produção.

"– Veja como vendem o Calixto e o Batista da Costa! Dizem que até aquela moça de Capivari, a Tarsila, está vendendo seus quadros em Paris!" – exclamou Mr. Martin.

Unanimidade! O resultado da votação foi favorável ao projeto de Villa-Lobos. O empresariado, classe de cidadãos conscientes, esclarecidos, longânimes, que sempre condenaram a exploração e a injustiça social, faziam de tudo para ajudar os artistas inovadores.

O leitor acreditou nessa estória? — Pura invenção! Tudo falso!

É bem verdade que Villa-Lobos, em 1922, recebeu algumas dezenas de contos de réis para empreender uma viagem de concertos na Europa. Mas o grande mecenas foi o poder público.

No dia 22 de julho de 1922, graças a uma brilhante defesa do deputado Gilberto Amado, a Câmara dos Deputados aprovou uma subvenção de cento e oito contos a fim de que Villa-Lobos pudesse realizar concertos na Europa. Em 30 de junho de 1923 Villa-Lobos, a bordo do navio francês Croix, deixava o Rio de Janeiro com destino a Paris.

Sendo tudo pago com o dinheiro do povo brasileiro, em 3 de maio de 1924 Villa apresentou concerto com suas obras, para alguns gatos pingados, na salinha da Editora Max Eschig, em Paris. Mas os gatos pingados eram multiplicadores e formadores de opinião e deu no que deu. Novas portas começaram a se abrir para o gênio brasileiro, graças ao empurrão inicial do povo brasileiro, via poder público.

Mas a primeira viagem de concertos que Villa-Lobos faria a Paris, patrocinada pelo governo brasileiro, não podia deixar de ser precedida de uma bela e cerimoniosa despedida. Assim, o Presidente Epitácio Pessoa esteve presente ao concerto, em sua homenagem, que Villa regeu no Teatro Municipal do Rio em 11 de novembro de 1922. O presidente teve a paciência de ouvir oito obras do revolucionário promissor. Não se fazem mais presidentes como antigamente.

Em outubro e dezembro de 1927 a façanha brasileira se repetiu, com alguns concertos na Salle Gaveau. Essa nova estada de Villa-Lobos em Paris foi possível porque o deputado Carlos Guinle emprestou ao maestro o seu apartamento da Place Saint Michel nº 11. Era ali que Villa organizava, todo domingo, uma feijoada para ser deliciada por Edgar Varèse, Arthur Rubinstein, Vera Janakopoulos, Antonin Artaud, Luigi Russolo, Calder e vários figurões que lhe abriram espaços na Radio ORTF, na Salle Gaveau, na Orchestre Colonne, na Révue Musicale, etc.

Villa-Lobos – há de se concluir – é hoje um patrimônio nacional e internacional não apenas por sua genialidade, mas também porque o Estado brasileiro deu-lhe o apoio devido no momento certo. Esse momento foi longo, porque durou vários mandatos: Epitácio, Bernardes, Washington Luís, Dutra e Getúlio.

A arte revolucionária, que está à frente de sua época, e portanto com um público reduzidíssimo, não pode avançar e contribuir para a cultura nacional se for colocada à mercê do mercado. Não são os empresários e o público consumidor que hão de sustentar a nova e revolucionária produção artística, porque o retorno desse tipo de arte é de longo prazo.

Evidentemente, apenas o poder público ou, enfim, o Estado, pode ter consciência do problema e, assim, dispor-se a resolvê-lo. Infelizmente o neoliberalismo das políticas governamentais faz com que todas as rédeas do futuro brasileiro sejam entregues à iniciativa privada. Ao bandido são entregues o ouro, o lucro, a segurança nacional, o poder decisório, o controle da informação e da comunicação e também o recriado poder de censura.

A Lei do Mecenato nada mais faz do que privatizar o apoio à cultura. Esse, que constitucionalmente é dever do Estado, é passado às mãos do empresário usurpador. Teorizações e desenvolvimentos desse raciocínio certamente nos levariam a concluir que a Lei Rouanet e seus filhotes são inconstitucionais.

O governo resolve praticar a "renúncia fiscal". Que vem a ser isso? Praticamente, o governo demonstra não confiar em si mesmo, porque ao renunciar a uma percentagem ou à totalidade do imposto o governo está, no fundo, dizendo ao empresário: "— Não vou arrecadar seu tributo. Fique com a grana, porque se você me a entregar vou gastá-la em bobagens, não a aplicando em cultura. Vários níveis de meus escalões poderão até mesmo embolsá-la. Portanto, aplique você mesmo em cultura, diretamente, porque eu não confio em mim!"

Há alguns anos o Ministério da Cultura divulgou, através de sua Secretaria de Apoio à Cultura, os objetivos da Medida Provisória que pretendeu dar às Artes Cênicas, à Ópera e à Música Erudita os mesmos benefícios que vinham sendo dados apenas aos cineastas (sempre eles!). Mas foram feitas, nos esclarecimentos governamentais, sérias restrições em nome e em defesa do "interesse público" (sic). Aquele que usa a expressão "interesse público" está sempre a se referir ao interesse dos cidadãos seus contemporâneos. Assim, o "interesse público" a que se referia o MinC, é o interesse do "público" de hoje, do povo de hoje. Em outras palavras, quando os detentores do "poder público" dizem estar defendendo o interesse público, ele está querendo dizer que defende os interesses daquela sociedade contemporânea, cujos membros eles representam ou dizem representar. Mas, muita coisa que é de "interesse público" para a sociedade de hoje, é desinteressante, e muitas vezes prejudicial, para a sociedade de amanhã: a sociedade que vai ser formada pelos filhos e netos dos cidadãos da sociedade de hoje. Antagonicamente, muita coisa que é de "desinteresse público" para a sociedade de hoje é de "interesse público" para a sociedade de amanhã.

O Estado precisa olhar por seus artistas inovadores, brilhantes e fecundos, apoiando-os incondicionalmente, porque há de ser ele, sempre, o único ator do cenário nacional que poderá agir sem interesses imediatistas. Apenas o poder público, e nunca o poder privado, poderá ter condições para o vislumbre magnânimo que resulta em investimentos de risco para possíveis – e não assegurados – retornos imateriais no futuro longínqüo.

É o governo, para que se cumpra o dever do Estado, que deve direta e especificamente apoiar a cultura. Se a questão estratégica for considerada em sua plenitude, será fácil ter-se consciência de que a Cultura e as Artes, melhor que o Comércio, a Indústria e as Forças Armadas, são os fatores que provocam a admiração e o respeito internacional. É justamente a intensidade desse apoio às Artes que irá determinar, em termos políticos, a opção entre hegemonia, aliança ou submissão.

Por JORGE ANTUNES (Compositor, maestro, professor titular da Universidade de Brasília, membro da Academia Brasileira de Música, Pesquisador do CNPq e Presidente da Sociedade Brasileira de Música Eletroacústica).

REFERÊNCIA: ANTUNES, Jorge. A privatização do apoio à cultura. Revista Espaço Acadêmico, n. 54, nov. 2005. Disponível em: Acesso em: 15 out. 2010.