quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

SESSÃO DE LANÇAMENTO DE DOCUMENTÀRIO




Documentário "Do TERRA ao GAIA!"
Sessão de Lançamento na Casa de Cultura Mário Quintana
Dia 16/01/2015, ás 19h30min. na Sala Norberto Lubisco

“Do TERRA ao GAIA!” foi elaborada em 2012 como dissertação a ser apresentada ao final do Curso de Pós-Graduação de Mestrado em Memória Social e Bens Culturais da UNILASALLE. Um ano de levantamento teórico, entrevistas e coleta de material (fotografias, jornais, etc.) a respeito de dois grupos de dança culminaram em apresentação de dissertação, edição de um vídeo, e publicação de duas obras. Contudo, um dos objetivos, do estudo, a produção de um documentário, não teve possibilidades de ser realizado. No final de 2013 foi reelaborado como projeto “Documentário Do TERRA ao GAIA” com objetivo de produção de documentário sobre intervenções urbanas de dança na capital do Rio Grande do Sul através do registro de memória dos Grupos de Dança TERRA Cia. de Dança do RS e GAIA Dança Contemporânea. O projeto do documentário foi selecionado para receber o PRÊMIO FUNARTE ARTES NA RUA 2013 em 11 de março de 2014, pela Portaria Nº 46 (publicado no Diário Oficial da União -  DOU 12/03/2014 - Pg. 5 - Seção 1), na modalidade registro e memória de grupos e suas atividades de arte na rua, com nº de inscrição 793. Elaborado e realizado pela ArtMobile Cia, Promont Soluções, Cesar Gonçalves Larcen Editor e Infinite Filmes, para lançamento em 2015.
INTERVENÇÕES URBANAS DE ARTE
A partir da segunda metade do século XX, os artistas começaram a apropriar-se da possibilidade de intervir no mundo real e na cultura, irreversivelmente urbanos, levando sua arte á espaços inusitados, como ruas, praças, etc., diversas iniciativas artísticas buscaram novas relações sócio-espaciais e consolidaram a ideia de intervenção urbana. Com objetivos de se aproximar da vida cotidiana, se inserir no tecido social, abrir novas frentes de atuação e visibilidade para os trabalhos de arte fora dos espaços consagrados de atuação, tornando a arte mais acessível ao público, as artes cênicas tomam os espaços urbanos, desmontando de uma vez por todas a ideia de arte baseada no consenso e possibilitando questionamentos e modificações na noção de público. Uma intervenção é normalmente inusitada e geralmente tem um caráter crítico, seja do ponto de vista ideológico, político ou social, referindo-se a aspectos da vida nos grandes centros urbanos. De um modo geral, os diretores artísticos da segunda metade do século XX que utilizaram as ruas e outras localizações urbanas não tradicionais, não desejavam apenas buscar espaços novos para suas produções. As intervenções urbanas, como invenção dos anos 60, são “filhotes dos protestos por direitos iguais, das manifestações contra ditaduras e guerras, do tropicalismo e do rock”. No Brasil, contracenar com o espaço público tornou-se especialmente decisivo e urgente em 1985, no final da ditadura militar. Os artistas lançam mão de procedimentos conceituais, ideológicos e estéticos para atuar com domínio nos espaços públicos, levando suas lutas políticas, de cidadania e posições contra convenções e rigores.
PORQUE TERRA E GAIA?
O TERRA levou a dança a lugares não convencionais, aproximando a dança do público. Deste modo, pode-se afirmar que o Grupo Terra foi de grande importância para o cenário artístico gaúcho, seja por ter sido uma das primeiras companhias de dança estruturadas do Estado, bem como pelas propostas inovadoras, grande atuação e repercussão durante seu período de existência. O GAIA dá continuidade e intensifica essa aproximação com o público iniciada pelo TERRA, através dos flashmob dance. Também traz suas próprias inovações, como pesquisas teóricas desenvolvidas sobre o hibridismo entre dança e novas tecnologias, tendo como objeto empírico a vídeodança e a dança interativa veiculada através da web.
Inovação na atuação é característico em grupos de dança moderna e contemporânea como estes dois grupos, que se assemelham, não apenas na essência de seus nomes, mas em seus objetivos e finalidades.
CONCLUSÕES
São 20 anos que separam a criação do TERRA e do GAIA. Entretanto Inovação na atuação é característico nestes dois grupos, que se assemelham, não apenas na essência de seus nomes, mas em seus objetivos e motivações. Apesar de se diferenciarem na criação de suas intervenções urbanas e no tipo de proximidade com o público, o TERRA e o GAIA são, sem dúvidas, desbravadores em suas intenções artísticas, precursores na aproximação com o público e inusitados na utilização dos espaços não convencionais. “O interessante é constatar que, apesar de realizarem trabalhos completamente diferentes, os dois grupos tiveram a mesma motivação e o mesmo objetivo para irem para as ruas. O motivo principal foi a falta de espaço tradicional, teatros aptos a receber um espetáculo de dança, além de serem muito caros. E o que nos parece, é que infelizmente estamos com o mesmo problema, desde lá nos anos 1980 e ainda hoje em 2014. E o objetivo destes grupos é a aproximação do público, cada um deles num grau diferente, mas a aproximação parece fundamental.”


Realização: ArtMobile Cia. / Infinite Filmes / Promont Soluções
Apoio: Fundação Nacional de Artes – FUNARTE, Ministério da Cultura, César Gonçalves Larcen Editor
Ficha Técnica: Pesquisa e Projeto: Ana Ligia Trindade, Patrícia Kayser Vargas Mangan e Nádia Maria Weber Santos / Roteiro e Direção Executiva: Ana Ligia Trindade, Cesar Gonçalves Larcen e Nilton Cezar Carvalho / Direção e Montagem: Cristian Derois / Operação de Câmera e fotografia: Bruna Ferreira / Som direto: Luís Lau e Flavio Jazz / Produção: Fernanda Iranço
Agradecimentos: Casa de Cultura Mário Quintana, Casa Cultural Tony Petzhold, Eneida Dreher, Heloisa Paz Vielmo, Sayonara Pereira, Simone Rorato, Alessandra Chemelo, Daniela Aquino, Diego Mac, Joana Nascimento do Amaral, Nilton Gaffree, Sandra Santos
Agradecimentos Especiais: Flávia Pilla Valle, Thais Petzhold

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